A internet virou um hábito do brasileiro. No Brasil são 65 milhões de pessoas conectadas, sendo que 23 milhões são eleitores, ou seja 18% do eleitorado brasileiro, que tem entre 18 a 24 anos. Já somos o quinto mercado de internet no mundo. O que tudo isso quer dizer? Os nativos digitais, usuários frequentes da rede, vão decidir os seus votos baseados na troca de informações e idéias que vão ocorrer na internet durante a campanha política de 2010.

Os candidatos estão preparados para fazer marketing político digital?

É claro que a internet não será o principal meio de atividade política para as eleições, mas poderá fazer a diferença nos votos. Pode-se dizer que a internet vai ser um diferencial, mas não a base para a campanha. Aqui deixo com você 9 dicas de como fazer marketing político digital.

#1 – Interaja Com os Eleitores
O eleitor que está conectado precisa de informação, diversão e relacionamento. O candidato que tiver seu perfil nas redes sociais deve usar esse canal para passar informação e responder aos eleitores. O relacionamento é grande dica de ouro da campanha on-line. Os nativos digitais querem conhecer as pessoas com quem falam.

#2 – Nunca, Jamais, Engane o Internauta
Se o candidato disser na internet que fez uma obra as pessoas vão atrás de saber se aquilo foi verdade. Mais cedo ou mais tarde, alguém irá descobrir que o candidato mentiu e sua campanha será mal vista.

#3 – Participe da Campanha On-Line
O candidato tem quem entender o que está acontecendo na internet. Não basta ter apenas uma equipe, é preciso participar de verdade. Na campanha do Obama as pessoas tinham a nítida impressão que o Obama estava com seu celular tuitando com eles. E muitas vezes estava. Recentemente o @oclaudiotorres criou uma maratona em seu twitter pra saber qual o candidato a presidência se comunicava mais rápido pelo twitter. Veja o resultado aqui.

#4 –  Mobilizar Pessoas
A campanha de Obama mobilizou as pessoas em torno de uma causa e, então, fortaleceu uma rede de apoiadores. Obama ressaltou o poder do voluntariado e mostrou como mover as pessoas em torno de algo em que elas acreditam. Mobilize acessores para que eles gerem conteúdo espontâneo na internet assim como posts, comentários, vídeos, discussões e twitts. Obama não buscou convencer eleitores, ele criou fãs voluntários. Um exército de ativistas felizes em promover mudança.

#5 – Pesquise
Antes de qualquer coisa é importante a pesquisa. Principalmente para saber o que já está acontecendo. Entenda o seu eleitorado. Onde ele está, quem ele é, do que ele gosta, o que ele quer e precisa são informações importante.

#6 – Monitoramento
O candidato precisa monitorar a rede para saber o que estão falando dele e buscar dá uma resposta mais rápida para o público. É mais fácil uma notícia negativa se propagar do que uma positiva.

#7 – Evite Conflitos
Seja claro e objetivo nas suas opniões. Sempre que possível responda os internautas. Não brigue com ningém nas redes sociais, sua imagem pode ser destruída em uma fração de segundos.

#8 – Publique Conteúdo
O marketing de conteúdo é o uso do conteúdo em volume e qualidade suficientes para permitir que o eleitor encontre, goste e se relacione com a campanha. Públique conteúdo em seu blog e nas redes sociais.

#9 – Mídias Sociais
Hoje as mídias sociais têm um enorme poder formador de opnião e podem ajudar o candidato a construir sua marca pessoal. Use e abuse de vídeos e áudio, faça post em blogs com conteúdo exclusivo e de qualidade, envie SMS, faça email marketing.

Fonte:  Social Media Marketing

No Brasil, já existem mais de 180 milhões de celulares ativos. Dados do Ibope mostram que a penetração da internet e meios digitais como a transmissão de dados pelos aparelhos movéis conseguem 45% de sucesso. Mais que revistas (38%) e jornais (37%). Por isso, nesse post será apresentado o que o celular pode nos oferecer na corrida eleitoral.

As mudanças e novidades tecnológicas não param de surgir e agora o Bluetooth cai na moda e vira “arma publicitária”, de acordo com a matéria extraída do site estadao.com.br, do dia 27/04/09. “Enquanto folheia algumas páginas distraidamente na livraria, o celular toca”. Trata-se de uma mensagem recebida via bluetooth – dispositivo que permite a intercomunicação de equipamentos próximos. Se quiser, o cliente faz o download de um papel de parede, do wall paper e de um videoclipe de lançamento de um DVD. Essa estratégia, chamada de publicidade móvel, está se tornando cada vez mais popular em São Paulo e, certamente, será hábito nacional. Essa tecnologia desenvolvida para diversos equipamentos ganha força nos celulares – no ano passado, já estava em 56,3% dos aparelhos homologados pela Agência Nacional de Telecomunicações (Fonte: Anatel).

Na política também não será diferente. Os mandatários poderão usufruir de tal tecnologia como um envio de um jingle, um discurso, uma foto com o número eleitoral, trechos de um debate, campanhas de arrecadação do IPTU, eventos inaugurais, enfim, uma série de propagandas eleitorais e governamentais via bluetooth, além de usufruir de sites que propiciam fóruns on line, característica da web 2.0. Imagine você ao lado de centenas de pessoas no metrô, enviando uma propaganda do governo de 10, 20, 30 segundos sobre os benefícios que a população acaba de ganhar com o trabalho do mandatário, sem se preocupar com invasão de privacidade, porque só recebem se quiserem.

O vídeo abaixo mostra o a campanha de lançamento de um aparelho já ultrapassado da Nokia, mas exemplifica que o celular tem como última função, telefonar.

Autor das propagandas

A característica principal da Web 2.0 é o internauta poder se tornar, também, autor e com possibilidades de multiplicar e ver sua obra tendo um efeito multiplicador. O chamado conteúdo colaborativo, ou conteúdo gerado pela participação do usuário, tem sido responsável por transformações intensas na comunicação. A prova disso é que, a exemplo de Obama, o presidente Lula vai ter um blog (Blog do planalto), que objetiva reforçar a estratégia de comunicação digital do Planalto, com a criação de um Núcleo de Relacionamento Digital. Na verdade, mais uma estratégia para estreitar laços com os jovens internautas e afins.

Curiosidade

O nome Bluetooth foi escolhido para homenagear o rei da Dinamarca, Harald Blatand, que era conhecido como Harald Bluetooth, pois ele tinha uma coloração azulada em seus dentes. Outro motivo dessa homenagem foi que Blatand foi conhecido por unificar a Dinamarca e a unificação de padrões é uma característica importante dessa tecnologia.

Algumas ações dão o que falar, como já vimos no último post, portanto é importante esclarecer o que seriam essas ações que acabam refletindo nas midias digitais. Sejam elas através de discussões, divulgação de material gráfico, vídeos, jingles e demais estratégias. A estratégia vivenciada e observadas em diversas campanhas está o viral. Junto dele as estratégias de marketing de guerrilha. O viral trará toda a cultura do humor nacional, que é o que manda na internet no Brasil – só ver os milhares de virais já assistidos no país, do “funk de não sei quem” aos personagens bizarros que se tornam célebres no youtube.

O viral tem um componente complicado: o anonimatoque pode gerar um duplo movimento, o de trolagens e boatos; ou de adesão colorida, por outro. A trolagem (espalhamento de comportamentos fraticidas, facistas, de má educação) pode fazer forte o candidato que é detonado pelo boato, pois que o vitimiza, tornando-se, portanto, injustiçado e objeto de má fé. Mas o efeito pior é do candidato que o troll busca defender, que, rapidamente,  acusado de estimular a boataria, passa a impressão que é um cara sem ética. Candidato bom age rápido quando é trolado: cria um blog somente para responder a rumores. E leva a melhor.

O humor no viral

Agora, se o viral, usando o bom humor, defende boas ideias, não ataca  ninguém, e se possível, é crítico à realidade política, aí ele bomba. Quanto melhor a ironia, mais ele se espalha. É batata, como se dizia nos 50. Cai nas graça alheia. E  o candidato beneficiado pelo “bom viral” passa a ter mais presença online. Vale lembrar que a dificuldade nisso tudo: humor não é para qualquer um. É preciso ter time para fazer uma ironia. Sentido eleitoral disso tudo: Os vídeos e fotos de humor inteligente vão em cima dos indecisos, como se tem demonstrado as últimas campanhas políticas em que a web se tornou estratégica.

Na Inglaterra, tornou-se moda pegar a arte de um outdoor de determinado candidato e colocar uma redação nova e uma imagem nova, zombando da cara almofadinha das fotos do marketing político. (Veja nos LINKS o site que divulga propaganda política “pichada” por canetinhas.)

E os virais preferidos são os de vídeos e os de fotografia. Toda remixabilidade própria da internet se encontra neles. E eles vão deixar os marketeiros políticos de cabeça em pé, porque estes não têm mais nenhuma possibilidade de controlar toda a produção da fábrica social de comunicação na rede. Por isso que as campanhas já começam a produzir seus próprios virais, tentando abastecer a massa de usuários ávidos por boas risadas.

Viral do candidato ao governo de Minas Gerais, Anastasia.

O viral consegue descontruir inúmeras mensagens maquiadas dos candidatos, desmascarar possíveis estratégias políticas, zombar da contradição nos discursos e, é claro, propagandear com muito humor através das recombinações de áudio, imagem e vídeo, ideias que podem circular como praga pela rede.

O viral servirá ainda como uma espécie de vingança social (sobretudo aqueles feitos pelos eleitores que não vão votar em ninguém). Mas existirão aqueles virais ideológicos, que servirão para propagar ideias e propostas dos candidatos, advogar temas, denunciar posicionamentos conservadores ou esquerdistas.

Viral de vingança social

Vamos abrir um espaço para uma situação que aconteceu na cidade quem que estamos vivenciando a política “inloco”. Um candidato a Deputado Federal usou a criatividade e elaborou alguns bonecos em tamanho real do próprio indivíduo. Até certo ponto o resultado estava satisfatório, chamando a atenção de todos pelas ruas. Imagine, passando pelas ruas e o candidato está parado no canteiro de uma das principais avenidas da cidade dando “jóia” e segurando uma placa dizendo “Deputado Federal. Vote N…… J….. nº 2….3”, realmente é curioso.

A estratégia que parecia um sucesso acabou conseguindo alcançar outros rumos. Através do Twitter, Facebook e Orkut do candidato, inúmeras críticas a favor ou contra amanheceram. Em meio a discussão de poluição visual e apoio a criatividade, um debate se estabeleceu pelos meios eletrônicos. A interação entre eleitores, não – eleitores, simpatizantes e contrários abordou assuntos da rotina política da cidade, como o veto de usar outdoors comercias na cidade e a autorização para a propaganda política nos mesmo parâmetros físicos.

Em outros posts foi discutido os prols e contras do uso da internet, mas agora também está evidente que o papel de centro de discussões durante o pleito está sendo vivenciado em Juiz de Fora. O comentário que chama a atenção dentre as críticas dos usuários do Facebook, destaco Leandro Fealis que diz “Esse candidato está por todas as partes, fazendo uma estratégia de spam nas ruas”.

Junto a polêmica do uso ou não da propaganda política, o candidato disponibilizou no blog pessoal uma enquete que pede a participação dos internautas para votar a permanência ou não dos bonecos na rua. No facebook, encontramos outro detalhe interessante, um usuário capturou as imagens dos bonecos e postou, no qual estão cheias de comentários, no dia seguinte os bonecos não estavam nos locais criticados e deram lugar a cavaletes de outro candidato, o mesmo usuário postou fotos novas, com críticas iguais e participação dos outros internautas sobre candidatos que sujam a cidade. Um indício de que uma campanha contra esse tipo de ação pode iniciar a partir desses fatos.

Saber ouvir

Uma das regras fundamentais em mídias socias é ouvir. Para definir qualquer estratégia de atuação é importante ouvir seus críticos, seus clientes, seus parceiros, seus concorrentes, etc. Isto se aplica a todo nó numa rede social, seja ele um cliente, uma empresa, um eleitor ou mesmo um político.

A riqueza de informações de altíssima qualidade que se pode obter é impressionante. No caso da campanha, dentre os milhares de emails recebidos, boa parte deles apresentava conteúdo bastante relevante para a estratégia da campanha, inclusive apresentando correções ao programa de governo. São informações dadas por pessoas que sofrem na pele os problemas ou mesmo por aquelas estudiosas do assunto em gestões anteriores.

#FICAADICA

Pela primeira vez no Brasil, a internet e as redes sociais vêm sendo fortemente utilizadas em campanhas eleitorais. São candidatos aos cargos de Presidente, Governador, Senador, Deputado Federal e Deputado Estadual que se esbaldam em tweets, postagens em blogs e vídeos publicados em sites como o YouTube. Mas as ferramentas online não beneficiam somente os políticos, pelo contrário. Iniciativas na web vêm cumprindo o papel de aliadas da população para fiscalizar as eleições deste ano. (Dois exemplos estão nos LINKS).

Polêmica

Apesar de ser a vedete dos candidatos à Presidência, o uso das redes sociais pelas campanhas ainda gera polêmica e desconfiança. Nesta semana, a Justiça Eleitoral determinou que o Google revelasse a autoria de dois blogs aparentemente criados por eleitores de Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB), com conteúdo favorável aos presidenciáveis.

Em debate, os estrategistas virtuais do tucano e da petista, Sérgio Caruzo e Marcelo Branco, admitiram ser impossível fiscalizar o conteúdo veiculado por militantes na internet, e afirmaram que este é um dos “pontos obscuros” da lei eleitoral. Para eles, as campanhas devem orientar seus seguidores sobre as regras, porém, não podem ser responsabilizadas pelo que outros internautas publicam.

Tanto o responsável pelo Google no país, quando o gerente do Facebook, também disseram que é inviável fiscalizar o conteúdo gerado na internet. Mesmo assim, afirmaram que as empresas colaboram com a Justiça para que as regras sejam cumpridas.

Fiscalização

Com o avanço da organização da sociedade civil e as exigências de mais transparência nas relações do Estado com a sociedade, aliados à comodidade da internet, o pleito de outubro deverá ser marcado por uma incomum possibilidade de conhecer o patrimônio, o que pensam e como votam os candidatos. Dessa forma, o eleitor estará muito melhor qualificado para escolher ou descartar pretendentes aos cargos públicos.
“A preocupação com a transparência e a correta aplicação dos recursos públicos têm evoluído de forma significativa. Muitas formas de informação entre sites, blogs e listas públicas surgiram nos últimos anos, mas temos a consciência de que não é a maioria da população que tem acesso a isso, embora este grupo tenha papel decisivo na eleição”, ponderou o economista Gil Castelo Branco, coordenador do site Contas Abertas (www.contasabertas.uol.com.br), que esmiúça e explica o orçamento público federal, permitindo avaliar sua aplicação.
Claudio Weber Abramo, presidente da Transparência Brasil (www.transparencia.org.br), concorda com Castelo Branco. “O eleitor votará melhor quanto mais tiver informação sobre os candidatos. Os sites de fiscalização jogam luz sobre os políticos e ajudam a formar a opinião dos cidadãos que participarão da eleição.” Sites como o da Transparência Brasil permitem, por meio do Projeto Excelências, saber muito mais sobre a vida de senadores, deputados federais, estaduais e vereadores dos principais municípios, inclusive com notícias de jornal sobre corrupção. Ainda neste portal, o projeto Às Claras (www.asclaras.org.br) permite saber quem financia quem nas campanhas políticas, com dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Se o interesse do eleitor é fiscalizar prefeitos, o site da Amigos Associados de Ribeirão Bonito (Amarribo, http://www.amarribo.org.br) permite baixar gratuitamente o livro O Combate à corrupção nas Prefeituras do Brasil, que ensina, passo a passo, como montar uma organização não governamental (ONG) especializada em análise de gastos públicos em nível municipal e denúncias de transgressores.

“Já temos 190 entidades fundadas a partir do exemplo da Amarribo pelo País e queremos chegar, até o próximo ano, a 300. Até hoje, quase 1,7 mil municípios do Brasil nos procuraram para saber como foi a nossa luta e de que forma podem organizar a luta para fiscalizar prefeituras e câmaras em sua cidade,” contou o presidente da ONG, Jorge Donizetti Sanchez.

Onde encontrar

  • www.amarribo.org.br – A entidade disponibiliza todas as informações para a organização de ONGs de fiscalização de prefeituras e câmaras municipais em todo o País.
  • www.portaltransparencia.gov.br – O portal permite consultar todos os convênios firmados pelas prefeituras e governos estaduais com a União, com detalhes sobre os repasses de verbas.
  • www.cgu.gov.br – Neste site, é possível consultar os relatórios das fiscalizações de municípios feitas por sorteio e apontar irregularidades sobre a transferência de verbas.
  • www.tse.jus.br – Na página do Tribunal Superior Eleitoral, pode-se consultar a prestação de contas de todos os candidatos desde as eleições de 2000
  • www.transparencia.org.br – Mantida pela ONG Transparência Brasil, este site traz o histórico dos parlamentares brasileiros no Congresso Nacional, nas assembléias estaduais, nas câmaras de capitais e governadores. No site, é possível saber detalhes sobre a vida dos políticos que já foram eleitos.
  • www.tcu.gov.br – Pelo portal do Tribunal de Contas da União, é possível pesquisar todos os citados nos processos em tramitação na Justiça.
  • www.contasabertas.uol.com.br – O site do portal Contas Abertas faz o acompanhamento dos gastos públicos de todos os poderes. O portal oferece cursos online gratuitos sobre execução orçamentária e disponibiliza dados das transferências feitas pela União para Estados e municípios.
  • www.sigabrasil.gov.br – O Siga Brasil É um sistema de informações que permite acesso amplo a diversas bases de dados sobre planos e orçamentos públicos federais, possibilitando, com isso, a fiscalização do dinheiro público.

Fontes: Blog do IEPCC.