Uma pesquisa recente divulgou que as empresas do Brasil são líderes no uso das mídias sociais. Dentre os 17 países pesquisados, Brasil, Espanha e Índia alcançaram índices superiores a 90%, enquanto a média dos demais países foi de 75% no uso de ferramentas da web 2.0. Mesmo acima da média, observamos casos de empresas brasileiras que não estão preparadas para lidar com as redes sociais. O primeiro exemplo é o de empresas que ignoram as redes e proíbem o uso por seus colaboradores e/ou não investem na comunicação 2.0.

Ora, hoje é impossível negar a força que as mídias sociais exercem no mercado. Deixar de divulgar a sua marca num ambiente que só cresce a cada ano e é potencialmente formador de opinião é perder grandes oportunidades de negócios, uma falta de visão dos líderes da empresa. O segundo exemplo de falta de preparo dos empresários é não criar políticas internas para o uso dessas novas ferramentas. Deve haver um equilíbrio nesse caso. Ao mesmo tempo em que não se deve proibir, o cuidado aqui cabe para não transformar as redes sociais em uma arma contra a própria empresa. A solução então é criar um gerenciamento dessas redes, que pode ser incorporado ao Código de Ética eConduta da empresa, para garantir a privacidade das informações.

Na Internet, as informações circulam de forma muito rápida e, uma vez que algo é divulgado, dificilmente consegue-se apagar seus registros. Ou seja, o estrago estará feito. Dentro desse gerenciamento, o departamento de Comunicação da empresa deve ser o responsável pelos perfis oficiais da empresa, mas é necessário também desenvolver um treinamento com todos os colaboradores. Já pensou a imagem que a empresa passa se no perfil pessoal de um colaborador, declaradamente de sua empresa, escreve algo no Twitter como: “Muito difícil trabalhar com poucos recursos para o meu setor”, ou possui uma comunidade no Orkut, no estilo: “Odeio meu emprego”?

A falta de preparo dos empresários pode implicar na perda de diversas oportunidades de interação com seus clientes e potenciais clientes. Se antigamente a sua empresa era praticamente a única fonte geradora de informação sobre a organização, hoje, qualquer usuário da rede pode exprimir uma opinião sobre sua empresa. Para o bem ou para o mal. Se a empresa está presente nas redes e bem estruturada em sua política para a web, ela consegue tirar o máximo de proveito do que as redes podem oferecer.

O dia após a votação marca os trâmites de comemoração de vitórias, recursos no TSE, avaliação dos trabalhos para o 2º turno. O blog politica 2.0 inicia então uma avaliação a partir de hoje sobre o uso e os resultados oriundos dos recursos das mídias digitais.

A eleição foi marcada pelo uso do twitter, facebook, orkut, youtube e outros. O que se entende a partir de agora é que a cada pleito essa força vai aumentar e a pesquisa relacionada a área é se extrema importância. É importante salientar que na votação para presidente, a candidata Marina Silva obteve sucesso apesar de não ir ao 2º turno, mas é um exemplo do uso das redes sociais.

Um dia após, vemos candidatos agradecendo via twitter os votos. E a certeza de que um canal de comunicação se abre com os políticos que viram um potencial na rede. Vamos rumo ao 2º turno que será realizado no dia 31 de outubro.

No Brasil, mais de 80% dos internautas participam de alguma mídia social. No livro “A Revolução das Mídias Sociais, você verá cases, conceitos, dicas, ferramentas, táticas e estratégias de como tirar proveito de cada uma delas e do conjunto delas. São definidos os diferentes tipos de mídias sociais de acordo com seu foco de atuação.

As mídias sociais são sites na Internet construídos para permitir a criação colaborativa de conteúdo, a interação social e o compartilhamento de informações em diversos formatos. Veja alguns números:

2 bilhões – Média por dia de vídeos exibidos no YouTube
4 bilhões – Fotos hospedadas no Flickr
5 bilhões – Minutos por dia que as pessoas passam no Facebook
27 milhões – Número de tweets no Twitter por dia

Esses números definem o cenário e a importância das mídias sociais. Mais do que isso, apontam a importância de se desenvolver uma estratégia para a captação e utilização dessas poderosas redes. O livro ainda conta com um capítulo sobre marketing político digital e uma lista das principais referências digitais no Brasil e Portugal.

Sobre o autor

André Telles é graduado em Publicidade e Propaganda pela PUC-PR em 1995, pós-graduado em Marketing na FAE Bussiness School em 1996 e MBA com ênfase em direção estratégica na FGV Fundação Getúlio Vargas em 2008. É professor de MBA e pós-graduação nas áreas de Marketing Digital e Novas Mídias. Foi o primeiro brasileiro a publicar um livro sobre Social Media Marketing no Brasil, em 2005, intitulado Orkut.com. Em 2008, escreveu sua segunda obra, intitulada Geração Digital. André realiza palestras sobre marketing digital e mídias sociais em todo o Brasil. Atualmente é CEO da agência digital, Mentes Digitais, especializada em marketing digital.

Título: Revolução das Mídias Sociais, A
Título Original:
Subtítulo:
Autor:
Tradução:
Editora: M Books Editora
Assunto: Administração e Negócios
ISBN: 9788576800958
Idioma: Português
Tipo de Capa: BROCHURA
Edição: 1
Número de Páginas: 200

Para elaborar o material teórico do TCC a qual esse blog é vinculado, estamos procurando leituras interessantes sobre o tema. Repasso aos internautas a leitura do livro da autora Drica Guzzi. Ela começou a trabalhar na Escola do Futuro da USP, especificamente no Programa de Inclusão Digital do governo do Estado de São Paulo, o Acessa SP, em 2000, e os questionamentos que serviriam de base para sua tese de mestrado surgiram desta experiência. Guzzi percebeu um maior envolvimento nas questões públicas por quem participava do programa.


A dissertação “Participação Pública, Comunicação e Inclusão Digital” ampliou-se e deu origem ao livro “Web e Participação: A Democracia no Século XXI”. Para transformar o texto em material acessível e atualizado, Guzzi retirou os jargões acadêmicos e preparou uma apresentação maior sobre o estudo.
Além disso, a tese foi defendida em 2006 e a autora incluiu alguns acontecimentos que mostraram a força das redes sociais. A eleição do presidente norte-americano Barack Obama e projetos de inclusão digital brasileiros foram acrescentados.
O objeto de estudo da pesquisadora foi o espaço democrático que a Web 2.0, ou a internet participativa, oferece. Suas análises focam, especialmente, as novas formas de fazer política, ou de agir politicamente, na rede e o reflexo disto fora dela.
Segundo Guzzi, a primeira etapa da e-participação é oferecer informação, seguindo para escuta do público, solução de problemas e, por fim, estabelecer um compromisso ou acordo. A autora mostra como as características da internet estão intimamente ligadas ao conceito grego de democracia.
Utilizando exemplos bem-sucedidos, nacionais e internacionais, Drica mostra como o internauta pode participar efetivamente de discussões. Para isso, faz um estudo do projeto Fala São Paulo, canal de expressão utilizado pelos integrantes do Acessa SP.
No seu levantamento, observou como a inclusão digital desenvolveu uma maior participação pública na política.
“A ideia do livro é mostrar como as comunidades virtuais sem território e a imensa possibilidade de expressão permitida pela internet abrem um novo espaço para a comunicação transparente, tanto no nível local quanto no global, levando, potencialmente, a profundas renovações das condições da vida pública, ou seja, maior liberdade e responsabilidade de um indivíduo enquanto cidadão”, explica a especialista.
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Web e Participação: A Democracia no Século XXI
Autor: Drica Guzzi
Editora: Senac
Páginas: 160
Quanto: R$ 40,00
Onde comprar: Pelo telefone 0800-140090 ou pelo site da Livraria da Folha

Quando Barack Obama decidiu utilizar a Internet como parte estratégica de sua campanha, ele sabia muito bem o que estava fazendo. Outros candidatos usaram a Internet em eleições anteriores sem resultados expressivos. Mas ele percebeu que havia chegado a hora, e a Internet tinha atingido tamanho suficiente para influenciar aquela eleição.

O que talvez Obama não pensou, é que mudaria a forma dos políticos em todo o mundo encararem a Internet. Sua campanha e seu sucesso fizeram com que políticos do mundo todo sonhassem com a possibilidade de usar a Internet em suas campanhas.

No Brasil, neste ano eleitoral, políticos, empresários e cidadãos se fazem a mesma pergunta: “A Internet vai fazer diferença nesta eleição?” Esta pergunta, que escuto frequentemente em meus seminários, esconde duas questões fundamentais: O desconhecimento sobre o uso da Internet no país, e a falta de informações sobre marketing digital. Por isso temos duas possíveis respostas.

A primeira resposta é: Sim, a Internet vai fazer diferença nesta eleição. No Brasil ela já atingiu a massa crítica necessária. Segundo pesquisa do Comitê Gestor de Internet, do total da população brasileira, mais de 90% da classe A, 80% da classe B, 52% da classe C, e impressionantes 20% das classes DE, usam a Internet. E segundo o Ibope, esses brasileiros passam três vezes mais tempo navegando do que assistindo televisão.

Mas se não bastassem estes números, saiba que 18% do eleitorado em 2010, tem entre 18 e 24 anos. Eles são a chamada geração Y, que nasceu com a Internet, e que teve na sua adolescência a inseparável companhia do YouTube, do MSN e do Orkut. Este eleitorado seguramente usará a Internet para se informar, debater e decidir seu voto.

A segunda resposta é: Depende, a Internet pode ou não fazer a diferença nesta eleição. Isso dependerá do planejamento, da equipe de campanha, e do uso do marketing digital. Para candidatos que acham suficiente ter um perfil no Orkut e pedir para um sobrinho ajudar na sua campanha na Internet, a rede de fato não fará nenhuma diferença. Talvez até atrapalhe.

No marketing político digital os resultados dependem de um sólido planejamento e de uma equipe treinada e eficiente. Não se trata de enviar milhares de e-mails com propaganda, criar um Twitter e colocar alguns vídeos no YouTube. Também não adianta usar a Internet como se usa a TV ou a propaganda convencional. O eleitor que está na Internet busca diálogo, debate e participação. Nela temos que buscar primeiro fãs que acreditem nas nossas propostas, e junto com eles desenvolver um trabalho baseado em informações e relacionamento.

Enfim, como digo em meus seminários: “Obama não ganhou as eleições por causa da Internet, mas não teria sido eleito sem ela”. Da mesma forma no Brasil nenhum candidato irá ganhar as eleições 2010 por causa da Internet, mas muitos vão perder por causa dela.

Obs.: Este meu artigo foi publicado originalmente na Revista da CNT

Artigo de Cláudio Torres, Palestrante, Consultor em marketing digital e mídias sociais, e autor do livro A Bíblia do Marketing Digital.
Link: http://www.claudiotorres.com.br/2010/09/23/a-internet-vai-fazer-diferenca-nesta-eleicao/